Essa história é sempre repassada aos moradores da cidade Teresina, Piauí
No encontro das águas do Rio Parnaíba com o Rio Poty, na zona norte da
cidade de Teresina, exatamente no bairro do Poty velho, muitos contam a
história de Crispim, o pescador. Crispim todo dia ia pescar nas margens do Rio
Parnaíba, a pesca ia muito boa. Com o passar do tempo a pesca foi se tornando
algo extremamente difícil, assim Crimpim já não encontrava nada, e sempre que
chegava em casa, tava a mãe perguntando: - Meu filho de novo, não trouxe nada!
E logo depois lhe servia aquele caldo de osso que há dias preparava pra ele.
Foi passando-se os dias e Crispim sem pescaria e sempre na rotina do caldo com
osso foi se angustiando. Ora mais, um dia ao chegar em casa, a mãe novamente
foi brigar com Crispim naquele dia estava com muita ira, a mãe serviu-o com um
osso gigante num caldo, e começou a resmungar ao filho, e a destratá-lo, esse
ao vê-la virada de costa pegou o osso e foi ao rumo dela, meio que por um
reflexo, ela virou-se e gritou: aaaaah! já era tarde, Crispim abriu uma
rachadura na cabeça da velha. Em seus últimos momentos de suspiro, ela olha pra
ele e o amaldiçoa, dizendo-lhe: - Amaldiçoado seja você, e essa sua cabeça. -
Quero que ela cresça, e que a carregue sempre nas beiradas das águas, e que
peixes e outros animais se assustem de longe e não aproximes. - E o único modo
de quebrar essa maldição, será devorando sete Marias virgens. O tempo foi
passando e as pessoas que passavam por ali se assustavam dizendo terem visto o
cabeça de Cuia. E Crispim sempre que é noite de lua, vasculha as redondezas do
Parnaíba em busca das marias virgens, para quebrar a maldição que sua mãe lhe
jogou.
Contada por um morador da cidade.
Pedro Augusto, 42, MORADOR DO POTY
VELHO.
Registro coletado por Daniel Suan
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