segunda-feira, 4 de junho de 2018

CABEÇA DE CUIA


Essa história é sempre repassada aos moradores da cidade Teresina, Piauí

No encontro das águas do Rio Parnaíba com o Rio Poty, na zona norte da cidade de Teresina, exatamente no bairro do Poty velho, muitos contam a história de Crispim, o pescador. Crispim todo dia ia pescar nas margens do Rio Parnaíba, a pesca ia muito boa. Com o passar do tempo a pesca foi se tornando algo extremamente difícil, assim Crimpim já não encontrava nada, e sempre que chegava em casa, tava a mãe perguntando: - Meu filho de novo, não trouxe nada! E logo depois lhe servia aquele caldo de osso que há dias preparava pra ele. Foi passando-se os dias e Crispim sem pescaria e sempre na rotina do caldo com osso foi se angustiando. Ora mais, um dia ao chegar em casa, a mãe novamente foi brigar com Crispim naquele dia estava com muita ira, a mãe serviu-o com um osso gigante num caldo, e começou a resmungar ao filho, e a destratá-lo, esse ao vê-la virada de costa pegou o osso e foi ao rumo dela, meio que por um reflexo, ela virou-se e gritou: aaaaah! já era tarde, Crispim abriu uma rachadura na cabeça da velha. Em seus últimos momentos de suspiro, ela olha pra ele e o amaldiçoa, dizendo-lhe: - Amaldiçoado seja você, e essa sua cabeça. - Quero que ela cresça, e que a carregue sempre nas beiradas das águas, e que peixes e outros animais se assustem de longe e não aproximes. - E o único modo de quebrar essa maldição, será devorando sete Marias virgens. O tempo foi passando e as pessoas que passavam por ali se assustavam dizendo terem visto o cabeça de Cuia. E Crispim sempre que é noite de lua, vasculha as redondezas do Parnaíba em busca das marias virgens, para quebrar a maldição que sua mãe lhe jogou.



Contada por um morador da cidade.
 Pedro Augusto, 42, MORADOR DO POTY VELHO.

Registro coletado por Daniel Suan

Nenhum comentário:

Postar um comentário